O uso do Canabidiol medicinal no Brasil está crescendo, e vem sendo utilizado em
tratamento de várias doenças crônicas.
O uso do Canabidiol medicinal no Brasil está crescendo, e vem sendo utilizado em tratamento de várias doenças crônicas. Segundo a Anvisa em 2019, ocorreu o crescimento de mais de 50% em relação a 2018. São mais de 4.500 brasileiros em tratamento - isto significa crescimento de mais de 700% nos últimos 4 anos.
Em função desta demanda crescente, o tempo de análise podia demorar até 3 meses para a aprovação, para então iniciar a importação do produto. A ANVISA regulamentou de forma a simplificar e acelerar o processo com a RDC 327/2019 e a RDC 335/2020.
Criou-se uma categoria: “Produtos à base de Cannabis” Tal mudança facilitará registro
no Brasil desse tipo de produto que, após receberem a autorização sanitária, poderão ser
vendidos em farmácias. (Não se aplica a farmácias de manipulação). Para produtos com até 0,2% de THC deve ser usada a receita tipo “B”. Para os produtos com níveis superiores a 0,2% de THC, a receita deverá ser do tipo “A”. A resolução entrará em vigor em março/2020.
Até que aconteça o abastecimento das farmácias, a compra continuará sendo feita por
importação direta e pressupõe a realização de um cadastro na ANVISA, só que foi muito
facilitado. Existem vários produtos em uso no mundo e certamente os melhores estarão disponíveis para o consumo no Brasil em breve. É importante estar cientes que o custo do produto está relacionado diretamente com a sua qualidade, concentração e pureza: Quanto mais concentrado, mais caro e possivelmente deve ser menor a dose diária. O uso também depende do tipo de doença.
Para comprar este produto, o primeiro passo é ir a um médico que tenha conhecimento e condições para fazer a indicação adequada, e orientar o paciente e a sua família. Procure um médico que tenha estudado para orientar assertivamente. A dosagem é individual e gradual. É necessário manter acompanhamento permanente.
Saiba mais sobre o Canabidiol medicinal HEMP (Cânhamo) é uma variedade de canabidiol rica em CBD - produz um extrato rico em canabinóides e vem sendo utilizado com sucesso em tratamento de doenças crônicas.
Segundo a biotecnologia, a maioria dos pesquisadores segue a vertente que tudo é
Canabis sativa uma espécie com variedades diferentes. Comparamos com bananas, que
tem tipos, tamanhos e sabores diferentes, e continuam bananas. A Canabis Sativa tem
muitas sub espécies, e em cada uma delas existe maior concentração de uma ou outra
substância. A planta mais usada para uso recreativo é aquela com mais THC (Tetrahidrocanabinol) - substância psicoativa comumente fumada, enquanto que a mais
indicada para uso medicinal deve ser rica em CBD (Canabidiol) pois ela tem os efeitos
medicinais mais concentrados, é antiespasmódico, e tem outros efeitos benéficos para a
saúde.
A lei Americana prevê uma diferenciação: O Hemp industrial tem a liberação de
plantio em alguns estados – deve ter menos de 0,3% de THC. Portanto tudo o que tem
mais que 0,3% é considerado Mari Juana (maconha). Consolida-se o entendimento que
com baixa concentração de THC máximo de 0,3% e maior índice de CBD é bom para uso
medicinal.
Alguns países como a Austrália, Canadá, Estados Unidos, Colômbia, Europa do leste,
China tem plantações regulamentadas para uso medicinal. No Brasil todas as variedades
são consideradas iguais, o plantio e comercialização são criminalizados.
Contudo algumas Associações defendem o plantio da variedade Cânhamo no Brasil, argumentam que baixaria o custo do produto para o consumidor final. Porém a ANVISA decidiu pela não aprovação por enquanto. O abastecimento do mercado brasileiro será feito por meio de importação.
O uso medicinal do CBD não causa vício, dependência ou alterações psicológicas e pode ser utilizado de forma segura em pacientes com várias doenças difíceis de serem tratadas, ou que apresentam resistência ao tratamento tradicional. Podem se beneficiar desde os bebes até os idosos. É necessário que seja um extrato confiável- e também necessário ajustar a dose de cada paciente e naturalmente ter um acompanhamento médico.
Todos os produtos que receberem o registro deverão ter um nível confiável de concentração e pureza, o que d[á segurança para o consumidor final. Os estudos científicos já tem bastante clareza dos benefícios do CBD medicinal para muitas patologias dentre elas: Epilepsia, Autismo, Parkinson, Câncer, Leucemia, Transtorno de tecidos moles, Ansiedade, Depressão, Transtorno bipolar, Esquizofrenia, outras doenças mentais, Fibromialgia, Demência, Alzheimer, insônia, dores crônicas, enxaqueca, Inflamações intestinais, Esclerose múltipla, Esclerosa lateral amiotrófica,
Diabetes, Lúpus, doenças auto imunes.
O CBD gera o efeito entourage, reduz inflamações, melhoria de condições gerais, aumenta o equilíbrio e homeostase no corpo. Melhora a qualidade de vida, do sono e bem estar. Então os pacientes aderem ao tratamento, pois percebem os resultados.
Perguntas frequentes sobre ouso de CBD medicinal
1. O CBD medicinal é alucinógeno?
NÃO. O CBD não é psicoativo, não dá barato, não vicia. E pode ser usado com segurança.
2. A Maconha e o Cânhamo são a mesma coisa?
NÂO. Estas plantas pertencem à mesma espécie, mas possuem composições químicas
diferentes. A que é considerada boa para uso medicinal, não é boa para o uso recreativo.
3. Qualquer médico pode receitar o CBD?
Médicos com CRM ativos podem receitar o CBD medicinal. É importante que o médico
conheça as variações dos processamentos para fazer a indicação ser correta para cada
tipo de patologia. Pois existem vários tipos de extratos com concentrações diferentes. É
preciso estudar um pouco.
4. O CBD é fumado?
NÃO é fumado. As formas de administração mais comuns são cápsulas, extrato, pasta
concentrada e bálsamo.
5. Existe CBD produzido no Brasil?
Não é permitida a produção de CBD no Brasil, salvo alguns casos judicializados.
Enquanto não houver a regulamentação e o controle no Brasil, produzir CBD aqui pode se tornar-se um problema.
6. Quando eu encontrarei CBD a venda nas farmácias?
A regulamentação entrará em vigor em março de 2020. Os fabricantes entrarão com seus pedidos de registro do produto na ANVISA a partir de então – é uma questão burocrática. E assim que houver a liberação do registro de cada produto a importação será feita por distribuidores que disponibilizarão para as farmácias. Somente então iniciar o processo de venda em farmácias com receita.
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